Foto: Pedro Cunha
Os sapos, como este do fluviário de Mora, são muito sensíveis às alterações químicas na água
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A debandada geral de uma colónia de sapos num lago em L'Aquila, Itália, dias antes de um sismo em 2009 surpreendeu uma equipa de investigadores. Depois de anos de estudo concluíram que estes anfíbios conseguem prever os tremores de terra com vários dias de antecedência.
A bióloga da Universidade Aberta do Reino Unido, Rachel Grant, monitorizava uma colónia de sapos-comuns (Bufo bufo) num lago em L’Aquila, Itália, quando tudo aconteceu. “Foi dramático. Em apenas três dias, a colónia passou de 96 sapos para zero”, disse a investigadora à BBC, que publicou os seus dados na revista Journal of Zoology.
O estudo revela que os sapos “mostraram um comportamento muito pouco habitual antes do sismo de magnitude 6.3 na escala de Richter em L’Aquila, em Itália, a 6 de Abril de 2009”. “Dias antes do sismo, os sapos desapareceram subitamente dos seus locais de reprodução num pequeno lago a 75 quilómetros do epicentro e só regressaram depois de uma série de réplicas”, acrescenta o estudo.
Pouco tempo depois, Rachel Grant foi contactada pela NASA (agência espacial norte-americana), que estudava as alterações químicas que ocorrem quando as rochas estão sob stress extremo.
Com base em testes em laboratório, a equipa de sete investigadores coordenada pelo geofísico Friedemann Freund, da NASA, concluiu que os animais detectam as alterações químicas na água subterrânea, causadas pela libertação de partículas através das rochas na crosta terrestre que estão em tensão, devido às forças tectónicas antes de um sismo. Esta cadeia química pode afectar o material orgânico dissolvido nas águas de um lago, transformando materiais inofensivos em substâncias que são tóxicas para os animais aquáticos.
Segundo a equipa de investigação, que publicou as suas conclusões na revista Journal of Environmental Research and Public Health, os animais que vivem nessas águas ou perto delas são extremamente sensíveis às mudanças na sua composição química.
Os investigadores acreditam que biólogos e geólogos podem trabalhar em conjunto para preparar melhor a chegada de um sismo. Freund diz que o comportamento destes animais pode ser apenas um de uma cadeia de eventos que podem prever um sismo. “Quando compreendermos de que forma estes sinais estão ligados e se virmos quatro ou cinco a apontar na mesma direcção, então podemos dizer que algo está para acontecer.”
O estudo revela que os sapos “mostraram um comportamento muito pouco habitual antes do sismo de magnitude 6.3 na escala de Richter em L’Aquila, em Itália, a 6 de Abril de 2009”. “Dias antes do sismo, os sapos desapareceram subitamente dos seus locais de reprodução num pequeno lago a 75 quilómetros do epicentro e só regressaram depois de uma série de réplicas”, acrescenta o estudo.
Pouco tempo depois, Rachel Grant foi contactada pela NASA (agência espacial norte-americana), que estudava as alterações químicas que ocorrem quando as rochas estão sob stress extremo.
Com base em testes em laboratório, a equipa de sete investigadores coordenada pelo geofísico Friedemann Freund, da NASA, concluiu que os animais detectam as alterações químicas na água subterrânea, causadas pela libertação de partículas através das rochas na crosta terrestre que estão em tensão, devido às forças tectónicas antes de um sismo. Esta cadeia química pode afectar o material orgânico dissolvido nas águas de um lago, transformando materiais inofensivos em substâncias que são tóxicas para os animais aquáticos.
Segundo a equipa de investigação, que publicou as suas conclusões na revista Journal of Environmental Research and Public Health, os animais que vivem nessas águas ou perto delas são extremamente sensíveis às mudanças na sua composição química.
Os investigadores acreditam que biólogos e geólogos podem trabalhar em conjunto para preparar melhor a chegada de um sismo. Freund diz que o comportamento destes animais pode ser apenas um de uma cadeia de eventos que podem prever um sismo. “Quando compreendermos de que forma estes sinais estão ligados e se virmos quatro ou cinco a apontar na mesma direcção, então podemos dizer que algo está para acontecer.”