segunda-feira, 29 de abril de 2013

Meteorito de Chelyabinsk ameaça nova catástrofe

O meteorito, que caiu há mais de dois meses no Sul dos Urais, perto de Chelyabinsk, pode privar os habitantes locais de água. Se o fragmento de meteorito pesando meia tonelada for levantado do fundo do lago Chebarkul pode acontecer uma catástrofe local.

O problema é que este lago é a única fonte de água potável para os habitantes da cidade de Chebarkul. Atualmente, as autoridades locais e os cientistas estão procurando maneiras de como fazê-lo sem danificar o sistema de abastecimento de água da cidade.
O fundo no lugar da queda do fragmento de corpo celestial está coberto de uma camada de lodo de vários metros, na qual o meteorito está literalmente preso. A técnica de sugar o solo não vai ajudar. Turvar as águas significa deixar a cidade sem água potável.
Especialistas propuseram duas operações tecnológicas possíveis. Podem-se fazer uns pequenos furos no fragmento, colocar fixadores neles e puxar o meteorito devagar com cabos.
Mas um cientista tcheco propôs aos cientistas dos Urais uma tecnologia única – pesca submarina de meteoritos. O modo radical e seguro foi inventado por Gunther Kletechka – um geofísico, biólogo e astrobiólogo tcheco. Ele trabalhou por 14 anos na agência espacial norte-americana NASA, participou no lançamento do rover de Marte, e agora propôs uma maneira de recuperar o meteorito. Para fazer isso, acredita o cientista, é necessário congelá-lo, ou melhor, o lodo ao redor do meteorito.
Isso não é difícil de fazer, já que agora a temperatura no fundo do lagoé de apenas 3 graus centigrados, diz o geofísico tcheco Gunther Kletechka:
“O princípio aqui é o seguinte. Por cima do meteorito estão 10 metros de água. Além disso, mais três metros de lodo no qual ele, literalmente, ficou atolado quando caiu no fundo. Primeiro de tudo, é necessário remover a camada de lodo sobre o meteorito para colocar um sensor no meteorito.”
O sensor é necessário para calcular com precisão o peso e o tamanho do “alienígena” espacial. A seguir, para o meteorito são rebaixados tubos, pelos quais lançam nitrogênio líquido. O espaço ao redor congela e forma uma espécie de tijolo com lodo. Ele pode ser retirado sem prejuízo para o sistema de abastecimento de água urbano, diz Gunther Kletechka:
“No fundo, é preciso colocar um barco inflável. Sobre ele poderá ser colocado o meteorito. Bastará bombear ar para o barco para que ele faça subir o meteorito à superfície.”
De modo que não será necessário remover o lodo, dispersando-o assim por todo o lago e contaminando todo o sistema de captação de água. O cientista tcheco tem certeza de que o meteorito pôde ter trazido organismos do espaço para a Terra. Então não havemos de os despejar para a canalização da cidade.
Cientistas russos já definiram o local exato onde agora está o meteorito. Com a ajuda de um magnetômetro eles fizeram um mapa magnético do lago e descobriram uma anomalia a 50 metros do buraco no gelo, que o extraterrestre deixou depois de sua queda. Os trabalhos de recuperação do meteorito deverão começar já nos próximos dias.

Fonte: Voz da Rússia

Os mamutes estão voltando

Cientistas japoneses planejam até 2017 “ressuscitar” um mamute. Atualmente genetistas de todo o mundo já estão trabalhando em clonação de animais extintos ha dezenas de milhares de anos. Alguns especialistas afirmam que dentro em breve a Terra irá parecer com o filme holliwoodiano "O Parque dos Dinossauros", outros exortam a não confundir a realidade e as campanhas publicitárias.

Já não é o primeiro decênio que a ideia de clonar qualquer animal extinto está impacientando os cérebros quase científicos e as amplas camadas da população. No entanto, hoje em dia, ninguém fala a sério nem por brincadeira na ressuscitação de répteis pré-históricos. Por encontrar-se no solo durante períodos demasiado longos, seus ossos não se conservaram deixando só impressões fossilizadas.
Mas o caso do mamute-lanoso é bem diferente. A história destes animais começou quase simultaneamente com a história do ser humano, embora o fim da primeira foi muito mais precoce. Ao contrário dos dinossauros, cujos restos são encontrados mais frequentemente em desertos cálidos e pedregosos, os mamutes jazem congelados no permafrost das áreas circumpolares da Sibéria e América do Norte. Essa espécie de “frigorífico” permitiu conservar seus tecidos brandos, ossos e, às vezes, inclusive a pelagem ao longo de milhares de anos.
É a partir daí que surge o milagre de clonagem de mamutes, na qual os cientistas pela primeira vez – embora com enorme dose de ceticismo – começaram a falar a sério. O único que os cientistas necessitam para tal é um fragmento de tecido da espécie extinta que contenha ADN em estado de boa conservação. A materialização do projeto é perfeitamente factível mas não produzirá nenhuns efeitos positivos, acredita o biólogo, jornalista científico e editor do site Vechnaya Molodost (Juventude Sempiterna), Alexander Chubenko:
“Não se sabe de que maneira os genes se dispunham nos cromossomos, e não estou certo, aliás, se é conhecido o número de cromossomos, porque o que podem conservar os tecidos congelados até tal grau são apenas restos ou porções do ADN. Além disso, é bastante duvidoso que o útero de elefante aceite um embrião de mamute, mesmo se este for obtido. A ideia de Jack Horner, da Universidade do Estado de Montana, é muito mais interessante e promissora. Ele pretende fazer uma “dinogalinha” ou um “galinhassauro”. Trata-se de pegar na galinha e despertar nela os genes adormecidos que atualmente já não funcionam, e então, talvez no final de várias evoluções, do ovo de galinha sairia algo parecido a um filhote de dinossauro.”
Na opinião do especialista, um experimento científico de tal natureza custaria cerca de 2 milhões de dólares, enquanto os gastos com a clonagem do mamute poderão ascender até a vários bilhões. Empresários norte-americanos oferecem aos inconsoláveis donos de mascotes finadas o serviço de “ressuscitação” destas por uma remuneração incomparavelmente mais modesta: a clonagem de um cãozinho ou gatinho amado custa nos EUA por volta de 250 mil dólares. Mas a clonagem de um animal doméstico e a de um mamute são duas coisas bem diferentes, pois o mamute, segundo acreditam muitos especialistas, simplesmente não seria capaz de sobreviver nas condições atuais, porquanto o clima da Terra já não é semelhante ao que existira há 400 mil anos.
Entrementes alguns cientistas apenas estão dando os primeiros passos na tentativa de clonar o mamute, outros, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), já reproduziram o genoma de uma espécie rara de rã completamente extinta no início da década de 1980. Aliás, os embriões obtidos não eram capazes de sobreviver. O mesmo aconteceu com a cabra-montês pirenaica clonada em 2009, que morreu logo a ter nascido. Não obstante a isso, os cientistas não ficam desencorajados apostando na iminência de um salto qualitativo na clonagem de espécies extintas. A que resultado poderão conduzir tais experiências? Não obteremos acaso monstros?
De acordo com o doutor em biologia, professor catedrático e diretor adjunto do Instituto de Genética Molecular da Academia das Ciências da Rússia, Viacheslav Tarantul, “está sendo debatido inclusive um projeto tal como a clonagem de um homem-de-neandertal. Não é oHomo sapiens, mas sim a subespécie deste. É uma questão controversa, bem como a clonagem do ser humano. Porque é desconhecido o que é que vai crescer e como tratar tal criatura: como animal ou como humano? Por fim, existem problemas técnicos, morais e, naturalmente, econômicos.”
Para além disso, hoje existe mais um problema bastante importante. Na Yakútia, uma região de permafrost que encerra enorme quantidade de formas de vida esquecidas, desenrolou-se uma verdadeira guerra por restos fósseis de animais extintos. A par de expedições devidamente autorizadas pelo Estado, na Yakútia estão pirateando os “caçadores ilegais de mamutes”. Na sequência do banimento mundial, em 1990, do comércio de marfim, os dentes dos elefantes, dos quais fazem as mais variadas coisas – de peças de xadrez a adornos – só aumentarem em preço. No mercado negro, um par de dentes do elefante pode custar até 75 mil euros. Inclusive a primeira dama dos EUA, Michelle Obama, gosta de aparecer com um colar de marfim.
Enquanto alguns se dedicam a clonagem de espécies animais raras e outros fazem dinheiro com a clonagem, no planeta persiste um problema muito mais importante. A biodiversidade da Terra torna-se cada dia mais pobre. Por isso, muito em breve pode acontecer que o mundo terá que refletir sobre a clonagem de tigres, leopardos e rinocerontes ainda vivos.

Fonte: Voz da Rússia

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Encontraram pirâmide misteriosa no fundo do lago de Tiberíade


Arqueólogos descobriram no fundo do lago de Tiberíade (Israel) uma pirâmide gigante de forma cônica composta de blocos e penedos de basalto.

Toda a obra tem cerca de 60 mil toneladas de peso e 10 m de altura.
Segundo certas suposições, obras semelhantes às vezes serviam de sepulturas.
Pela primeira vez, a misteriosa pirâmide foi detetada em 2003, quando o lago era estudado por um sonar. Mais tarde, mergulhadores tentaram estudá-la.

Fonte: Voz da Rússia

terça-feira, 9 de abril de 2013

'Nossos julgamentos são afetados por sentimentos que não percebemos'


Doutor em física e matemática, o americano Leonard Mlodinow se interessa pela mente humana e pelo acaso. Além de ensinar teoria da aleatoriedade no Instituto de Tecnologia da Califórnia, ele já escreveu roteiros para séries de TV como "MacGyver" e "Jornada nas Estrelas" e livros de divulgação científica que viraram best-sellers.
Inconsciente comanda nossas decisões, mostram pesquisas
Opinião: 'Escreveu, não leu...'
Foi assim nos casos de "O Andar do Bêbado" e "Uma Nova História do Tempo" --esse em parceria com Stephen Hawking. Em "Subliminar" (Ed. Zahar), lançado neste mês no Brasil, Mlodinow, 59, reúne dezenas de experimentos para dizer que somos comandados por dois cérebros: o consciente, que responde por 5% da capacidade cognitiva, e o inconsciente, que dá conta dos outros 95%. Os dois cérebros atuam juntos para garantir desde a mais básica sobrevivência até a escolha de um bom vinho. Nesta entrevista por e-mail, o autor tenta explicar como aquilo que não percebemos afeta as nossas escolhas.
Folha - Como o inconsciente comanda nossa vida?
Leonard Mlodinow - O inconsciente governa o nosso coração, os movimentos, a visão e a audição e nos permite andar, falar e reagir sem parar para pensar a cada palavra ou movimento. Só os humanos têm essa capacidade bem desenvolvida, e os cientistas não sabem por que é assim. Todos os julgamentos são afetados por sentimentos que não percebemos.
O senhor diz no livro que processos como percepção ou julgamento são comandados por estruturas cerebrais separadas da consciência. Como sabemos isso?
Por meio dos recentes avanços da neurociência nós sabemos que essas estruturas são inerentes à mente inconsciente e inacessíveis à mente consciente. Estão conectadas e todo o trabalho é feito em conjunto para criar uma experiência da realidade em termos físicos e em termos das relações sociais.
Pode dar um exemplo de como a razão sai de campo na hora das decisões?
Em um estudo feito em um supermercado da Inglaterra, dispuseram nas prateleiras vinhos franceses e vinhos alemães. Música francesa e alemã eram alternadas no alto-falante. Nos dias com trilha sonora francesa, 77% dos vinhos escolhidos eram franceses; nos dias de hits germânicos, 73% das garrafas vendidas eram da Alemanha. Mas só um em cada sete consumidores declarou ter sido influenciado pelo som.
E na hora de escolher parceiro, o inconsciente comanda?
Isso é um pouco mais complicado. Existem elementos sutis. Por exemplo, o rosto ou a voz da pessoa nos parecem familiares. Pode ser um sorriso ou músculos bem torneados. Experimentos mostram que o nome de uma pessoa pode influenciar o coração, caso ele combine com o nosso. Em questões financeiras também acontece: em Wall Street, ações com nomes fáceis de pronunciar são mais procuradas por investidores.
Assumir que somos guiados pelo subliminar nos torna mais ou menos lúcidos?
Quanto mais compreendermos as motivações subliminares, melhor nossa mente consciente poderá fazer julgamentos acertados.
De que maneira a compreensão da fisiologia do cérebro ajuda a lidar com medo, raiva?
Quando encontro algo perigoso no ambiente --um animal feroz, uma pessoa agressiva-- imediatamente isso é registrado pelo inconsciente e o corpo responde com mudanças no nível de adrenalina ou na pulsação.
Essa resposta acontece em grande parte na região do cérebro chamada amígdala. A mente consciente percebe a resposta corporal um ou dois segundos depois e leva isso em conta para interpretar o que está acontecendo. Depois disso percebemos que estamos sentindo é medo. Com a raiva é semelhante. Outras emoções menos primárias como angústia ou embaraço funcionam de um modo um pouco mais complicado --mas, basicamente, é o mesmo mecanismo.
Essa maneira de sentir é útil para tomar a atitude necessária rapidamente, deixando para pensar sobre o ocorrido depois.
O senhor diz que não choramos porque nos sentimos tristes, mas, ao contrário: tomamos ciência de que estamos tristes porque choramos. Fingir um sorriso pode, de fato, despertar um estado feliz?
Há muito tempo os professores de ioga dizem: "Acalme seu corpo, acalme sua mente". A neurociência social, agora, dá evidências disso. De fato, estudos sugerem que assumir o estado físico de alguém feliz pode fazer você se sentir mais feliz.
Nessa era do 'novo inconsciente', o divã nada pode?
Tanta gente faz anos de psicanálise e não chega a lugar algum. Claro, Freud teve o mérito de ter descoberto o inconsciente usando métodos imprecisos, o que produziu um conhecimento difuso, mas, mesmo assim, a origem das emoções permaneceu obscura. Hoje, o intercâmbio entre neurociência e psicologia experimental e os avanços da tecnologia nos permitem, pela primeira vez, construir uma ciência do inconsciente.

Fonte: UOL

Inconsciente comanda nossas decisões, mostram pesquisas



Subliminar é o termo para qualificar ações, informações e sentimentos que ocorrem abaixo do limite da consciência e é também o título do novo livro do físico americano Leonard Mlodinow.
'Nossos julgamentos são afetados por sentimentos que não percebemos
Opinião: 'Escreveu, não leu...'
Nesse novo best-seller, o autor de "O Andar do Bêbado" reúne pesquisas para atestar que até as escolhas e decisões que nos parecem mais objetivas são forjadas no inconsciente. Mais que isso, ele incita o leitor a dar mais crédito aos pressentimentos que surgem do "lado escuro da mente".
"Ex" lado escuro, melhor dizer. Na visão do físico, as tecnologias que permitem o mapeamento do cérebro --vivo e em funcionamento-- estão mudando a compreensão sobre a atividade que ocorre abaixo da consciência.
A existência de uma vida inconsciente paralela e poderosa não é novidade há mais de um século. A novidade é que agora ela pode ser medida "com algum grau de precisão", como diz Mlodinow, que vê aí uma nova "ciência do inconsciente".
Para a maioria dos mortais, é difícil admitir que o inconsciente está no comando. "Somos tão frágeis que precisamos inventar justificativas lógicas para as escolhas", afirma o analista junguiano Roberto Gambini, de São Paulo.
"O melhor é aceitar que o consciente é permeado pelo inconsciente. E haverá sempre uma parte que vai permanecer misteriosa. Nem toda a tecnologia é capaz de mudar isso. Mas é possível diluir essas fronteiras e colocar essa capacidade de perceber o subliminar a nosso favor, quando prestamos atenção aos sonhos ou dedicamos um tempo para meditar."

PALPITES
Cientistas que dirigem as pesquisas de ponta consideram que o "novo inconsciente" é totalmente enraizado em funções orgânicas e essa seria a chave para compreender as emoções humanas.
Não há consenso sobre isso, naturalmente: "É absurdo pensar que entender as funções cerebrais é suficiente para lidar com os sentimentos", diz Lídia Aratangy, psicanalista formada em biologia médica.
Em um ponto os "psis" e o físico concordam: "O inconsciente é otimista", diz Mlodinow. "Ele nos torna mais completos e aptos para seguir na evolução da consciência", acredita Gambini. Aratangy completa: "Reconhecer os palpites do inconsciente pode nos ajudar a fazer escolhas melhores".

Fonte: UOL